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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Assunção de Maria: 15 agosto!

Dogma recentemente definido em 1º de Novembro de 1950, por Pio XII, há sessenta anos, porém proclamado pelos cristãos católicos há quinze séculos.

Durante esse longo período, o dia escolhido foi o quinze de agosto, com raras variantes de datas. Hoje, na liturgia renovada, e de modo particular no Brasil, celebrada no Domingo seguinte. Sendo dia quinze de agosto Domingo, então será celebrada a solenidade no mesmo dia. Neste ano, celebrada no dia 19 de agosto.



O "cheia de graça" foi o ponto de partida privilegiado, o fundamento para definição dos dogmas da Imaculada Conceição, da Assunção e de quase todas as prerrogativas de Maria. A maternidade divina foi a primeira definição proclamada no Concílio de feso, há precisamente quinze séculos, era o ano de 431.

No decorrer da história, chegou-se a pensar que Maria tivesse sido isenta não só do pecado original e a corrupção (privilégios definidos pela Igreja com os dogmas da Imaculada e da Assunção): chegava-se atá a isentar Maria das dores do parto, de cansaço, dúvidas, ignorância e finalmente, o mais grave, até da morte. De fato, para alguns Maria teria sido levada ao céu sem passar pela morte. Tudo isso, pensava-se, consequência do pecado, e Maria não tinha pecado. Com isso, em lugar de associar Maria a Jesus simplesmente, dele a dissociava, Ele que não teve pecado, para nosso proveito, quis experimentar tudo isso: cansaço, dor, angustia, tentação e a morte. (Raniero Cantalamessa em "Maria, um espelho para a Igreja", p.72). A fé na assunção de Maria era tão grande que chegava a esses extremos. Sem dúvida, após a Ascensção de Jesus, Maria devia suspirar estar junto dele. Ora, ele subiu ao céu com a carne que dela recebera em seu ventre, agora carne glorificada, imortal.

Kiergaard, filósofo e protestante (evangélico) escreveu: "Podem os doutos discutir sobre a assunção de Nossa Senhora; para mim não parece incompreensível porque ela já não pertencia ao mundo" ("Diário de um sedutor"; trad. Italiana Rizzoli Milo. 1955, p.46).

Com a "Constituição Apostólica Munificentissimus Deus", de Pio XII, ficou definido o Dogma da Assunção de Maria ao céu em corpo e alma. Fundamentando-se nas homilias e orações do povo na festa da Assunção, Pio XII lembra os Santos Padres e grandes Doutores da Igreja que dela falaram como uma festa já conhecida e aceita.

Depois de discorrer sobre os privilégios de Maria, generosa companheira do divino Redentor, obteve o triunfo sobre o pecado e suas consequências, foi liberada da corrupção de sepulcro como suprema coroa de seus privilgios. Semelhantemente a seu Filho, uma vez vencida a morte, foi levada em corpo e alma glória celeste, onde, rainha, refulge à direita de seu Filho, o imortal rei dos séculos.

"A Assunção é a conclusão lógica da vida de Maria, como a meta de nossa pequena história, desfecho inevitável dos que caminham na esperança e na fé. Meta daqueles que guardaram o mandamento do amor em plena fidelidade".

Eliseu, vendo Elias arrebatado no carro de fogo, fez-lhe o seguinte pedido: sejam-me concedidas duas partes do teu espírito (2Rs 2,9).

Nós ousamos pedir ainda mais a Maria, nossa mãe e mestra: que todo teu espírito, Mãe, torne-se nosso! Esteja em cada um de nós a alma de Maria para glorificar o Senhor, esteja em cada um de nós o espírito de Maria para exultar em Deus ("Maria, espelho da Igreja", página final).

Frei José Pinto Ribeiro OAR

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