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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Início de ano, tempo de reflexão.

Como costumamos dizer: "Ano novo vida nova". E daí vem a pergunta: Como será minha (nossa) vida ao longo deste novo ano? Iniciamos o ano com muita festa. A Igreja nos apresenta Maria como mãe de Deus e nossa mãe, como que oferecendo uma mão carinhosa para nos dirigir os passos na nossa peregrinação.

O mundo todo eleva um clamor de Paz. Esta, porém, só se consolida na plena vivência de justiça, porque a paz é obra da justiça (Cf Is 32, 17) e na expressão de Santo Agostinho :"Tranquilitas Ordinis". - a tranqilidade na ordem - na sua mensagem de Paz o Papa João Paulo II lembra essa definição sintética da paz dada pelo grande doutor da igreja a séculos.

A construção da paz é obra comunitária, mas que tem o seu núcleo no íntimo de cada indivíduo dos quais estão formadas as comunidades que integram a sociedade dos povos em geral. As comunidades religiosas, são de maneira especial as mais responsáveis pela implantação da paz. Na mensagem de João Paulo II para o "Dia mundial da Paz" no primeiro dia do ano de 2002 confia essa missão de ser instrumento de paz aos judeus, cristãos e muçulmanos, exatamente os que crêem na existência de um Deus pessoal e o adoram.


Dentre os cristãos nós distinguimos os católicos e os evangélicos, estes tendo várias denominações. Os católicos querem ser um bloco monolítico, porém consta da existência de cerca de 50 movimentos, cada um quer ter um modo peculiar de caminhar. As vezes a alguns lhes falta aquela fraternidade que deve distinguir todo cristão: a fraternidade do amor mútuo que o torna filho de Deus. Quando isto acontece, surge o escândalo da hostilidade, por se acharem alguns mais perfeitos nos seus regulamentos (ou regrinhas) do que os outros.

Não querer ver esta realidade é como que imitar o avestruz que, nos perigos enfia a cabeça na areia. preciso ter em conta os nossos vícios capitais para estar em vigilância contra suas artimanhas usadas com perícia pelo nosso inimigo comum.

Existem na Igreja diversos tipos de pastorais que são meios de tornar atuante a espiritualidade dos movimentos. "Estes têm sentido como escola de espiritualidade. Porém, não poder ser autêntica se não for vivida de forma a colaborar no crescimento dos outros. Por isso, um movimento não poderá jamais ser igreja na Igreja. Um movimento não pode se isolar da Pastoral que se exerce na igreja local, sendo mesmo a paróquia. Qualquer movimento existe para o aperfeioamento dos seus participantes e por isso não poderá realizar uma pastoral paralela, mas terá de se integrar na Pastoral exercida lá onde o movimento cresce e desenvolve o seu objetivo" (Dom Alosio Cardeal Lorscheider, Arcebispo de Aparecida do Norte).

Que o tempo das férias sirva para um discernimento mais profundo nos moldes do Projeto Ser Igreja no Novo Milênio. Feliz Ano Novo.

Frei José Pinto Ribeiro, OAR.

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