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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Eucaristia, centro vital na Igreja.

Foi sempre assim: desde as primeiras comunidades cristãs perseveraram na fração do pão (At 2,42). O Fazei isto em memória de mim tornou-se uma prática insubstituível para os cristãos.

O fervor eucarístico foi crescendo na Igreja apesar de, às vezes, sujeito a abusos, contra os quais a Igreja esteve atenta. Celebrava-se a Eucaristia com grande piedade. Era realmente o alimento dos fiéis.



Porém, ainda não havia uma forma pública de honrar o sagrado mistério da presença real de Jesus no meio do povo. O dia mais próprio para essa demonstração festiva seria a Quinta-Feira Santa que era, porém, a véspera da Paixão do Senhor.

E assim se passaram os séculos, até que na Idade Média, século XII, quando se realçava de maneira particular do Corpo Todo no pão consagrado, instituiu-se a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, como é até hoje.

A este movimento eucarístico está ligado um grande desejo de contemplar as coisas por parte do homem da Idade Média. Este desejo levou ao costume de elevar a hóstia depois da consagração no ano 1200 em Paris. Nesta situação, uma religiosa agostiniana, Santa Juliana de Cornelon convento próximo a Lige, na Bélgica, começa a ter algumas visões. Simplificando, as visões mostravam a lua cheia com uma mancha escura na sua superfície (isso, no ano de 1209). A mancha escura no disco lunar foi interpretada como a falta de uma festa para honrar publicamente o Santíssimo Sacramento, como a lua representando a Igreja, na qual reflete o sol divino.

Nasceu assim, a solenidade de Corpus Christi. Foi introduzida, primeiramente na diocese de Lige em 1246. O Papa Urbano IV a prescreveu para toda a Igreja com a famosa Bula Transiturus, primeira palavra da Bula que significa: Tendo de passar deste mundo. Atribui-se a São Tomás de Aquino quase todos os hinos desta solenidade, bem como a liturgia do dia; vê-se que o fez com muito amor, embelezado ou fundamentado pela sua cultura teológica e mística. Até hoje, não perdeu o seu brilho.

Esta solenidade produziu na Igreja uma grande floração de festividades eucarísticas. Cristo saindo às ruas e às praças para abençoar o povo, como fazia na Sua vida pública pela Palestina.

Nasceram os Congressos Eucarísticos, as Horas Santas e até Semanas Eucarísticas. Sua é história rica em pormenores de beleza!

Frei José Pinto Ribeiro OAR

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