Sacerdote: ainda um sinal de contradição.

Agosto escolhido como mês das vocações, desde as sacerdotais, religiosas, familiares e leigos em geral. Assim, torna-se um tempo especial não só para "rogar ao Senhor da messe para que envie operários para a sua colheita" mas também como tempo de valorizar o caráter sacerdotal dos poucos que perseveram em sua vocação. Se ainda entre esses poucos haja discriminações pelos cristãos católicos. Não deixa de ser um empecilho para muitos jovens abraçarem o sacerdócio, assumindo um risco de uma vocação com certas discriminaes por alguns cristãos exclusivistas?

O velho Simeão, tendo o Menino Jesus nos braços, fez a seguinte profecia: "Este menino será causa de queda e reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição" (Lc 2,34). Sendo sacerdote continuador da Pessoa de Jesus entre o povo cristão católico, está exposto a ser também este sinal. Simeão fala da contradição no seu próprio povo - Israel - Sabemos até onde chegou a contradição em torno da Pessoa de Jesus Cristo entre os judeus, sua raça. Seus representantes diretos não poderiam ter outra sorte "pois o discípulo não está acima do mestre" (Mt 10,24). verdade que todo cristão participa do múnus sacerdotal entre o novo povo de Deus: a Igreja.

O sacerdote só pode ser sinal de contradição entre cristãos católicos, não entre os pagãos, membros de outras religiões, ou de nenhuma, somente entre esse povo de Deus.
Infelizmente, existem grupos de movimentos de Igreja pessoas que olham com desdém para alguns sacerdotes que não se simpatizam com suas dinâmicas. Pior ainda se deram algum escândalo.

Em vez de uma oração pela sua conversão e uma correção fraterna e amiga, são objetos de censuras amargas nas conversas. Quem não tiver condição para tanto, procure uma pessoa prudente que o faça entre de uma notificação às autoridades competentes: Bispo, Superior, etc.

O importante aprender a ver no sacerdote a pessoa de Jesus Cristo, mesmo desfigurada pelas fraquezas humanas e temperamentos contrastantes. nisso que deve consistir o amor do sacerdote, um amor sincero e respeitoso, sem adulações.

Para nos ajudar nesse amor de caridade pelos sacerdotes, ouçamos as palavras de Santa Catarina de Sena, como que ouvindo o próprio Jesus Cristo: "não quero que se diminua a reverência e respeito que se lhes manifestar, no se dirigem a eles, mas a Mim, em virtude do sangue que lhes dei para que o administrem. Se no fosse por isso, devereis dedicar-lhes a mesma reverência que se deve aos leigos e não mais... Não se deve ofendê-los; ofendendo-os, ofende-se a Mim e não a eles. Por isso proibi e disse que não admito que se toquem em meus cristãos". ((Irs 24,11) Santa Catarina de Sena, "Dilogo 16")

Todos os integrantes dos Movimentos da Igreja encontram rico material vocacional como subsdios diante do angustiante problema das vocações em todas as suas faixas nesta pós-modernidade.

É com satisfação que a gente vê um crescente aumento das vocações para o clero diocesano, como também com apreensão que vemos uma defasagem e quase parada de aumento das vocações para a vida consagrada. O futuro a Deus pertence, porém, Ele conta com nossa colaborção.

Frei José Pinto Ribeiro OAR